Defendo que cada mulher deve ter liberdade para decidir o que fazer.
Eu não gostaria
de ficar preso a uma situação dessas:
“A microcefalia não tem cura e o
tratamento inclui sessões de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional
pelo menos 3 vezes por semana para estimular a criança, diminuir o retardo
mental e também o atraso do desenvolvimento crescimento.”
Se eu pudesse
escolher como nascer, escolheria nascer saudável, se fosse para vir com graves
sequelas minha mãe me faria um grande favor em me abortar.
A mulher que
acredita que é uma missão de Deus carregar esse fardo ... que faça isso.
A que não se
sentir em condições financeiras ou psicológicas ... que aborte.
A realidade é que
mesmo com saúde a vida não é fácil, sem saúde tudo fica muito mais difícil.
Quem acha que dá
conta “e dá conta” é admirável.
(Não é para deixar a
bomba para mãe ou outro familiar.)
Porem, não critico ninguém que não se sinta preparado para tamanha abnegação, seria muita
hipocrisia da minha parte.
Meu último irmão a nascer nasceu com
hidrocefalia, não gosto nem de lembrar tudo que passamos e tudo que ele sofreu.
Hoje trabalhando
em hospital e vendo tantas crianças sequeladas só reforçou minha posição.
Tem uma garota em tratamento que está sempre com capacete de ciclista, do nada começa a dar cabeçadas na
parede... um caso triste entre dezenas que vejo.
Imagine o estresse dessa família.
E a garota que agora deve ter uns 11 anos.
Isso é uma vida que vale a pena ser vivida?
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