quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Estupro Virtual

Jovem ameaça divulgar 'nudes' e é preso por 'estupro virtual' em Carmo do Paranaíba, MG.


  Esse termo foi usado em uma matéria exibida no Bom dia Brasil da Globo.
  Meu celular novo grava programação, programei para gravar esse noticiário da manhã.
  Se sobra algum tempinho vou assistindo o jornal aos poucos.

  Resumidamente é o seguinte.
  De posse de uma foto comprometedora (nua) o meliante começa a pedir dinheiro para não postar essa foto em alguma rede social.

  Claro que isso é horrível
  É chantagem, estelionato. ​​

  O chato na matéria foi o vitimismo.
  A polícia tem que agir mais, os pais tem que vigiar mais, os bandidos não deveriam ser tão bandidos...

  E quanto a pessoa que manda nude para um desconhecido!?

“Ah, coitada, é uma vítima ingênua, inocente.”

  A pessoa (nem sempre é adolescente) não sabe o que é nude e que aquela foto vai ficar gravada!?

  Uma pessoa pura e boa que manda fotos pelada...
  Qual o objetivo dessa pessoa!?

  Não vigio minhas filhas na Internet e nem vou vigiar.
  Se elas são idiotas ou safadas para mandar fotos nuas para qualquer um ... que arquem com as consequências.
  Do meu bolso não sai um tostão.
  Eu aciono a polícia pelo estelionato que está ocorrendo.
  Ver minhas filhas como vítimas de um estupro virtual, a fala sério...


  Temos que parar de tratar nossos adolescentes como retardados.


domingo, 24 de setembro de 2017

Para Vivo

VIVER É RESOLVER PROBLEMAS ...

  Uso pouco o celular.
  Para não ter minha linha desativada coloco 25 reais a cada 90 dias.
  Para não ficar com uma enormidade de créditos faço transferências para minha esposa.

  Hoje fui fazer uma transferência de rotina e o saldo estava insuficiente!

  Caraca, era pra ter uns 130 reais.

 Faz pouco mais de 1 mês adquiri um celular novo e fui à loja da Vivo comprar um microchip mantendo a mesma linha.

  A atendente apenas perguntou meus dados e me vendeu um chip novo por cerca de 12 reais ... nem lembro.

  Instalado o chip recebi um monte de promoções, como de costume recuso a todas.
  Nem gosto de receber essas notificações, mas não consigo desabilitar.

  Pois bem, meu saldo está zerado com pacotes de proteção os quais eu desconheço totalmente.

  Ligar para Vivo é como sempre uma tortura, tinha até esquecido como é.

  Vou entrar em contato com a Claro (Tenho NET quem sabe consigo alguma vantagem) e transferir meu número.
  Gravarei a ligação para ficar certo que não quero nenhum tipo de pacote ou promoção.

  Sou cliente da Vivo desde da Telesp Celular.

  Um jeito fácil de qualquer empresa me perder como cliente é esse tipo de DESONESTIDADE/INCOMPETÊNCIA.


  É chato desperdiçar 130 reais, mais chato ainda desfazer uma parceria tão antiga.
  Mas não tenho mais paciência para esse tipo de coisa.

  No Brasil as empresas lutam para conseguir clientes novos e que se danem os antigos...

  Uma estranha cultura/mentalidade 😩


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sábado, 16 de setembro de 2017

Hitler NÃO ganhou as eleições

  O que aconteceu foi que nenhuma maioria se formava, e os "governos de iniciativa presidencial" (como em Portugal) caiam em poucos meses.

  Então HITLER FOI NOMEADO CHANCELER, num governo composto pelo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e pelo Partido Nacional-Popular.
 [Mesmo esse governo estava longe da maioria parlamentar]

   Esta nomeação só ocorreu após grandes manobras de bastidores, em que o ex-chanceler Franz von Papen e pessoas influentes da Sociedade alemã convenceram o Presidente Hidenburg a nomear Hitler.

Entretanto, foram convocadas novas eleições para Março de 1933.

  Embora os Nazistas tivessem a maior parte dos ministros no governo nacional, Herman Goering era o Ministro do Interior do Governo regional da Prússia (controlava a polícia) e deu "luz verde" para que as milícias nazis (as SA e as SS) impedissem a oposição de fazer campanha.

  Em 27 de Fevereiro, o parlamento foi incendiado.

  Na madrugada de 28, começaram as prisões em massa de opositores, e, ainda nesse dia o Presidente Hidenburg concedeu poderes a Hitler para suspender as liberdades civis "até posterior notificação".

  Em 5 de Março de 1933, finalmente, os nazis conseguem a maioria dos votos, mas Hitler já era "ditador" há, pelo menos, quase uma semana.

 No entanto, nem mesmo esta vitória (obtida num ambiente de prisões e violência arbitrárias) foi decisiva – O partido Nazista não obteve os 2/3 suficientes para alterar a constituição e impor uma "ditadura definitiva".



    




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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Jornal da Unicamp - Carolina

 Campinas, 02 de setembro de 2013 a 08 de setembro de 2013 – ANO 2013 – Nº 573
Negra, periférica e fundamental

Texto: LUIZ SUGIMOTO

Fotos: Antoninho PerriReprodução

Edição de Imagens: Diana Melo



Pensar a forma como escritores negros brasileiros conquistaram espaço no sistema literário e ganharam a atenção da sociedade nas décadas de 1960 e 70, e buscar contrapontos e semelhanças com os chamados escritores periféricos que entraram em cena a partir dos 90 e 2000. Esta era a ideia original de Mário Augusto Medeiros da Silva para a tese de doutorado em sociologia que defendeu junto ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), orientado pela professora Elide Rugai Bastos.

“A questão é que a pesquisa foi se ampliando e passei a focar também o papel das ciências sociais nos movimentos negros, uma relação que considero muito interessante, mas pouco discutida nesta área acadêmica. A tese procura dar uma contribuição nesse sentido. É uma relação que vai se construindo e gerando bons frutos até o golpe de 64, que atingiu tanto os sociólogos quanto os intelectuais negros, sendo retomada posteriormente”, diz Mário Medeiros.

A tese analisa a produção literária de escritores autoidentificados negros ou periféricos, como Carolina Maria de Jesus (1914-1977), Paulo Lins, Reginaldo Ferreira da Silva (Ferréz) e o coletivo de autores Quilombhoje. E a pesquisa, afinal, acabou recebendo o Prêmio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa, instituído pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, além de menção honrosa da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs).



Literatura negra

Mário Medeiros afirma que a literatura negra possui uma longa história que vem da virada do século 19 para o século 20, construída por escritores e intelectuais que se afirmam produtores de uma literatura na qual o negro é o autor da prosa e da poesia e não meramente personagem. “João da Cruz e Souza, por exemplo, foi alçado a ícone dos escritores negros por contribuir para a formação deste universo de literatura negra. Lima Barreto é outro ícone e persiste a controvérsia se Machado de Assis teria perfil para completar o triângulo de referência. Lino Guedes foi um dos poucos que publicaram livros não como edições de autor, mas por meio de editora.”

Segundo o pesquisador, a literatura negra está estreitamente ligada às associações e imprensa negras, que procuram discutir a discriminação, o preconceito e as formas de superação para colocar o negro como sujeito da história. “A imprensa negra paulista aparece no final do século 19, ganhando força na década de 1910 e mais força ainda até o golpe de 64. Toda associação negra tinha seu jornal e todo jornal tinha uma seção de contos e poemas – espaço ocupado por autores como Oswaldo de Camargo, que se mantém ativo desde a década de 50.”

Medeiros também estudou o coletivo Quilombhoje, cuja origem está em encontros de escritores como Oswaldo de Camargo e Luiz Silva (Cuti). “Em 1978, eles e outros companheiros criaram a série Cadernos Negros, que até hoje publica contos em um ano e poemas no outro. A mineira Conceição Evaristo é uma escritora contemporânea que passou a circular internacionalmente a partir da publicação. O Quilombhoje, que ficou responsável pela série, foi fundado em 1982, promovendo eventos em que esses autores refletiam sobre o que escreviam e para quem escreviam. Tudo isso ocorria no período de ressurgimento do denominado Movimento Negro Brasileiro.”



Literatura periférica

Em relação à literatura periférica, já chamada de “marginal”, o autor da tese recorda que o rótulo foi criado por um escritor da periferia de São Paulo, Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz. “Depois de lançar Capão Pecado (2000), ele era perguntado como foi possível ambientar um romance em Capão Redondo, lugar tão estigmatizado por negatividades. Ferréz foi colaborador da revista Caros Amigos e ali publicou três edições de antologias de literatura periférica, convidando escritores como Sérgio Vaz, fundador da Cooperifa [Cooperativa de Literatura Periférica] na zona sul de São Paulo.” Foi por volta de 2006, quando buscava o tema de doutorado, que Mário Medeiros começou a atentar para escritores periféricos como Ferréz e Paulo Lins – este que dez anos antes havia publicado Cidade de Deus. “Em minhas leituras, percebi certa relação entre a forma como ambos surgiram no sistema editorial e os escritores de décadas passadas. Particularmente entre Paulo Lins e Carolina Maria de Jesus, que se tornou célebre em 1960 com Quarto de Despejo: os dois têm origem na favela, são negros e seus livros foram muito destacados pela grande imprensa e pela crítica.”



As ciências sociais

Medeiros procura mostrar na tese que foram os cientistas sociais, como Roger Bastide e Florestan Fernandes, que primeiramente se dedicaram a estudar as associações e a literatura negras. “Bastide circulou pelas associações, tornando-se amigo de intelectuais, jornalistas e escritores negros. Foi quem garantiu o acesso a este universo para a Pesquisa Unesco, em São Paulo, sobre relações raciais, importantíssima para as ciências sociais no Brasil e que resultou no livro Brancos e negros em São Paulo.”

O pesquisador acrescenta que Roger Bastide foi professor e mentor das pesquisas de Florestan Fernandes, autor de outro livro fundamental para a sociologia brasileira, A integração do negro na sociedade de classes (1965). “Esta obra traz entrevistas com intelectuais dessas associações, que participaram de jornais nas décadas de 20 e de 30 e fundaram a Frente Negra Brasileira. Eles colocaram temas como o mito da democracia racial, o preconceito e a discriminação para Florestan, reconhecendo o sociólogo como uma espécie de embaixador dos negros junto ao restante da sociedade.”



Debaixo da ditadura

Mário Medeiros observa que parece que nada mais aconteceu no período entre o golpe de 64 e o ano de 1978, quando foi fundado o Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial (MNUCDR, hoje apenas MNU). “A tese procura mostrar que as coisas foram acontecendo, sim, com o aparecimento de outras associações e intelectuais negros. O movimento negro não ressurge do nada, havia projetos em andamento, tanto no campo da política como da literatura, que vão permitir a criação do MNU. E só assim é possível explicar a publicação de Cadernos Negros, numa colaboração entre os ativistas antigos e os novos.”

O autor da pesquisa explica que esses novos sujeitos são pessoas das universidades que buscam contato com ativistas do passado, inclusive do Partido Comunista e de grupos clandestinos de esquerda, para se alimentar desses debates, além de se informar sobre as lutas de libertação africanas, o ativismo negro estadunidense e se posicionar contra a ditadura.



Periféricos na academia

Quanto aos novos ativistas, Medeiros atenta que Luiz Silva, o Cuti, aliou sua atuação no Quilombhoje à academia, tendo mestrado e doutorado no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. E que Paulo Lins foi assistente de Alba Zaluar, antropóloga do IFCH, que realizava uma pesquisa na Cidade de Deus sobre criminalidade nas classes populares. “Ela precisava de estudantes para realizar entrevistas na comunidade e Lins foi selecionado. Percebendo nele um talento, a professora mostrou poesias do assistente a Roberto Schwarz, também da Unicamp, crítico literário e sociólogo de formação. Foram dois cientistas sociais que incentivaram Paulo Lins a escrever Cidade de Deus, que seria transformado em sucesso das telas.”

No caso da literatura periférica, o pesquisador comenta que , quando se iniciou o movimento, bem como os saraus na periferia – e que depois explodiriam por toda São Paulo –, chamaram a atenção de uma antropóloga da USP, Érica Peçanha do Nascimento, que desenvolveu uma dissertação de mestrado pioneira intitulada “Quando escritores da periferia entram em cena”, em meados dos 2000. “Novamente é uma cientista social que vai se interessar por essa manifestação cultural e que vai reabrir o debate dentro da academia, atraindo o interesse das pessoas em geral.”



Do quarto de despejo à casa de alvenaria



Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, interior de Minas Gerais, em 1914. De família muito pobre, era órfã de pai (ou não o conheceu) e, trabalhando na lavoura e estudando apenas até o 2º ano, percebeu que seu futuro seria continuar labutando a terra ou virar empregada doméstica. Partiu para a região de Ribeirão Preto no desejo – ela conta em suas memórias – de chegar a São Paulo e ser alguém. Lá chegou no final dos 1930, vagando por pensões durante alguns anos, até se tornar uma das primeiras moradoras de favela, a do Canindé, na cidade que começava a enfrentar os problemas da metropolização.

A vida de Carolina virou de ponta-cabeça quando o repórter Audálio Dantas foi escalado pela Folha da Noite para cobrir um protesto na favela do Canindé, por causa de um playground instalado pela prefeitura onde adultos se divertiam com os brinquedos das crianças. Na aglomeração se destacava uma mulher negra, alta e de lenço na cabeça, que ameaçava registrar os nomes dos grandalhões em seu diário.

Uma favelada negra que escrevia um diário. Aguçado o faro de repórter, Dantas seguiu Carolina até o barraco onde se deparou com latas guardando cadernos e folhas avulsas que ela separava como catadora de papel, a fim de registrar os acontecimentos de todo santo dia.

Carolina, que não escondia o desejo de ter seus diários e poemas publicados, autorizou o repórter a levar e analisar o material. E ele viu o ineditismo daqueles textos, sobre a vida de uma mulher pobre, negra, mãe solteira de três filhos com pais diferentes – e seu olhar sobre o cotidiano de uma favela, novidade ruim na São Paulo dos anos 50.

A seleção feita por Audálio Dantas resultou em Quarto de despejo – Diário de uma favelada, lançado pela Francisco Alves em 1960. O livro causou forte impacto na metrópole brasileira que mais crescia – a “locomotiva que move o país” – e que acabara de comemorar o 4º Centenário. Na construção do Parque Ibirapuera, Niemayer tinha projetado uma espiral em direção ao infinito, apontando o futuro brilhante e grandioso da cidade.

Quarto de despejo chegou a vender mais que Jorge Amado, foi traduzido para 13 idiomas (japonês, esloveno e russo, inclusive) e Carolina de Jesus passou a ser convidada para debates sobre o livro e a favelização. E, incitada a escrever um segundo livro, ela deixou a favela para produzir Casa de alvenaria, também um diário, retratando aquele momento conturbado da sua vida, em que saiu do anonimato para o estrelato de um dia para o outro. Faleceu em condições precárias, em 1977.

Publicação
Tese: “A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2000)”
Autor: Mário Augusto Medeiros da Silva
Orientadora: Elide Rugai Bastos

Unidade: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH)


EXERCÍCIO DE FILOSOFIA





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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Carro novo do vizinho

  Foi feita uma pesquisa interessante onde as montadoras procuravam identificar o que levava uma pessoa a trocar de carro.

  Um dos itens que chamou a atenção de todos foi:
 “Ver o carro novo do vizinho”.



  O indivíduo está super satisfeito com seu automóvel, nem pensa em troca-lo tão cedo, satisfaz todas suas necessidades, mas [sempre tem o mas] o vizinho estaciona aquele modelo recém lançado “cheirando” a novo e um carro que era maravilhoso já não parece tão maravilhoso assim.

  Se não progredimos muito isso não incomoda tanto nossa mente quanto saber que outros estão progredindo e nós estamos “ficando para trás.”

  Isto nos leva a competir sempre em busca do mais.
  Não por necessidade material, mas movidos pela “paixão” de ter, de estar no topo, de se destacar entre os demais ou pelo menos não ficar para trás.
 
  Porque estou dizendo isso?

  Se você conhece uma “dinâmica” fica mais fácil encontrar um equilíbrio.

  Quando sentir um forte desejo de comprar alguma coisa, se pergunte porque?
  Por vezes é só uma infantilidade.
  A não ser que você seja muito rico, alguém sempre vai ter algo melhor que você.

  Faça as coisas no seu tempo, na sua possiblidade.

  Parabenize o vizinho pela nova aquisição e mesmo que sinta alguma inveja não deixe que esse sentimento prejudique sua racionalidade.

  Não controlamos o que sentir, decidimos como agir diante de um sentimento.


 Essa lógica entra em sua mente



 Por outro lado, se você senti vontade de ter alguma coisa e tem recursos para isso ... não vejo problema.
  A vida é curta, aproveite ...



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