terça-feira, 18 de novembro de 2025

Utopia e Realidade

 
 
Diego: Nem todo mundo é bom em tudo, e tá tudo bem. 
 Eu não consigo dançar, então tentar ser dançarino seria uma péssima ideia.
  Logo, se o seu negócio precisa de funcionário e não gera receita suficiente para conseguir pagar um salário DIGNO, talvez tu só seja ruim mesmo. 
 Bora estudar mais, se esforçar mais ou mudar de área, nem todo mundo nasceu pra administrar. 
  Eu mesmo não nasci pra isso.
  A cada qual de acordo suas necessidades, de cada um segundo suas capacidades. 
  
William: Na teoria é bonito, não temos como discordar, mas na realidade ...
   Eu conseguia uns trocadinhos catando papelão e vidro em terrenos baldios, mas era bem pouco mesmo, dava para comprar algum doce ou sorvete que minha mãe não tinha como me dar.
   Meu vizinho trabalhava em banca de feira, surgiu uma vaga.
   Ele me ofereceu e aceitei, é difícil fazer alguma conversão até porque eu tinha só 11 anos, porém acho que não chegava a meio salario mínimo.
   Mas eu e minha família precisávamos tanto ... sou grato pelo Seu Wagner ter me dado aquela oportunidade, tínhamos muita NECESSIDADE.

   Nessa minha experiência pessoal surgiu a semente do que defendo hoje, ajudou também ter lido Platão.

   “Não deveriam gerar filhos 
quem não quer dar-se ao 
trabalho de criá-los e educá-los.”

                                           

   

  "De cada um segundo a sua capacidade, a cada um segundo as suas necessidades".


  Essa ideia, popularizada por Karl Marx em 1875 na Crítica do Programa de Gotha, descreve um princípio de distribuição numa sociedade comunista, onde a produção em abundância permitiria que todos recebessem bens e serviços de acordo com as suas necessidades, e não com o trabalho que realizaram.

 


 



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  Resumo


   Na teoria, ideias como “de cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo suas necessidades” parecem belas e irrefutáveis.

  Mas a realidade é bem diferente.

  Recordo minha infância, conseguia alguns trocados catando papelão e vidro em terrenos baldios, o suficiente apenas para comprar um doce ou sorvete que minha mãe não podia me dar.

  Mais tarde, surgiu uma vaga na banca de feira onde meu vizinho trabalhava.

  Eu tinha apenas 11 anos e recebia menos que meio salário mínimo, mas para mim e minha família aquilo significava muito.

  Sou grato ao Seu Wagner por ter me dado essa oportunidade, pois tínhamos grande necessidade.

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   Essa experiência marcou profundamente minha visão de mundo.

  Foi ali que nasceu a semente do que defendo hoje, reforçada pela leitura de Platão:

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 “Não deveriam gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los.”

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  A utopia de uma sociedade justa só se sustenta quando confrontada com a realidade concreta das carências humanas.

  A necessidade varia de pessoa para pessoa, molda escolhas e valores de acordo com a situação.


  


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