"De cada um segundo a sua capacidade, a cada um segundo as suas necessidades".
Essa ideia, popularizada por Karl Marx em 1875 na Crítica do Programa de Gotha, descreve um princípio de distribuição numa sociedade comunista, onde a produção em abundância permitiria que todos recebessem bens e serviços de acordo com as suas necessidades, e não com o trabalho que realizaram.
Resumo
Na teoria, ideias como “de cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo suas necessidades” parecem belas e irrefutáveis.
Mas a realidade é bem diferente.
Recordo minha infância, conseguia alguns trocados catando papelão e vidro em terrenos baldios, o suficiente apenas para comprar um doce ou sorvete que minha mãe não podia me dar.
Mais tarde, surgiu uma vaga na banca de feira onde meu vizinho trabalhava.
Eu tinha apenas 11 anos e recebia menos que meio salário mínimo, mas para mim e minha família aquilo significava muito.
Sou grato ao Seu Wagner por ter me dado essa oportunidade, pois tínhamos grande necessidade.
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Essa experiência marcou profundamente minha visão de mundo.
Foi ali que nasceu a semente do que defendo hoje, reforçada pela leitura de Platão:
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“Não deveriam gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los.”
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A utopia de uma sociedade justa só se sustenta quando confrontada com a realidade concreta das carências humanas.
A necessidade varia de pessoa para pessoa, molda escolhas e valores de acordo com a situação.
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