Sociedade
Os países democratas estão divididos, quase meio a meio, em ideias que se convencionou chamar de esquerda e direita.
Cada metade arvora para si a virtude do bem contra o mal.
Para Hobbes, “o bem e o mal são nomes que significam nossos apetites e aversões, os quais são diferentes conforme os diferentes temperamentos, costumes e doutrinas dos homens”.
A palavra niilismo é um tanto desconhecida, mas na filosofia, comunismo e cristianismo têm a mesma raiz niilista.
Quanto ao capitalismo quem chega ao topo chuta a escada para ninguém mais subir.
É um bate-boca geral, mas, na verdade, o mundo não tem estrutura para um consumismo sem limites.
O aumento da riqueza está ligado ao aumento desproporcional da poluição individual e global.
Ao mesmo tempo é muito feia a disparidade.
Então é isso; sendo impossível igualar o consumo, o cristianismo freia a ambição desmesurada e deixa os pobres um pouco mais felizes, mirando, não este, mas outro mundo.
Vilnei Maria Ribeiro de Moraes - Link
Esse é aquele tipo de texto do qual falo tanto, muito bem escrito.
Tão bonito que entorpece nossa razão.
Nas vamos destrinchar racionalmente?
Vilnei: Os países democratas estão divididos, quase meio a meio, em ideias que se convencionou chamar de esquerda e direita.
Cada metade arvora para si a virtude do bem contra o mal.
William: Aproximadamente 60 a 70 países da ONU operam na prática como regimes autoritários, mesmo que muitos (como Venezuela, Turquia ou Hungria em classificações mais amplas) usem eleições ou retórica democrática para legitimar o poder.
Isso representa cerca de 1/3 dos membros da ONU. O número exato varia por critério, mas a tendência é de aumento: autocracias cresceram 8-10% em uma década, impulsionadas por repressão digital, golpes e erosão em "democracias híbridas".
(Grok)
Em uma visão mais holística percebemos o avanço das autocracias.
Quem acha que viver na Venezuela (autoritária) esta melhor que viver na Argentina (democrática), duas nações igualmente arrasadas economicamente.
Racionalmente não dá para relativizar onde esta o bem e o mal.
Eu preferiria estar na Argentina.
Vilnei: A palavra niilismo é um tanto desconhecida, mas na filosofia, comunismo e cristianismo têm a mesma raiz niilista.
William: Niilismo = ideia de que não há sentido objetivo, valores universais ou propósito inerente na existência.
Nietzsche associa niilismo à morte dos valores tradicionais.
Em versões extremas: nada tem valor, sentido ou verdade.
Cristianismo e comunismo não se encaixam nisso.
Cristianismo é anti-niilista por natureza:
a) Afirma um sentido objetivo da vida (vontade de Deus).
b) Afirma valores absolutos (bem, mal, amor, justiça).
c) Afirma propósito humano e transcendência.
Cristianismo é uma das maiores forças históricas contra o niilismo na visão de Nietzsche.
O marxismo também não é niilista:
a) Acredita em leis objetivas da história (materialismo histórico).
b) Defende finalidade histórica (sociedade sem classes).
c) Propõe valores universais (igualdade, emancipação).
d)Enxerga sentido na luta humana, ou seja é orientado a um fim, tem um propósito.
O Marxismo (comunismo, socialismo) tem um sentido objetivo.
Niilismo = ideia de que não há sentido objetivo, valores universais ou propósito inerente na existência.
Logo, marxismo e cristianismo não são niilistas.
Claro, dá para "pinçar" aspectos (com em tudo há zonas cinzentas), estou falando de uma visão "holística"
Vilnei: Quanto ao capitalismo quem chega ao topo chuta a escada para ninguém mais subir.
É um bate-boca geral, mas, na verdade, o mundo não tem estrutura para um consumismo sem limites.
O aumento da riqueza está ligado ao aumento desproporcional da poluição individual e global.
Ao mesmo tempo é muito feia a disparidade.
William: Aqui cai por terra aquela expectativa de analise "isenta" no sentido de "técnica".
É mais um texto bonito, quase poético, para demonizar o capitalismo e enaltecer o marxismo inclusive fazendo uma conexão questionável.
Cristianismo é um movimento religioso, óbvio.
O marxismo é marcado pelo ateísmo.
O malvadão capitalismo 😉 defende o Estado laico, respeita a liberdade de expressão, respeita a liberdade de crença ou descrença.
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| Marxista Isento - Link |
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Resumo
1. William argumenta que cerca de 60-70 países da ONU operam como regimes autoritários na prática (1/3 dos membros), com crescimento de 8-10% em uma década devido a repressão digital e erosão de democracias híbridas.
Isso refuta a divisão simplista esquerda-direita, mostrando que o bem (democracia) e o mal (autocracia) são claros, sem relativismo.
2. Em nações arrasadas como Argentina (democrática) versus Venezuela (autoritária), defende que a democracia é superior, mesmo com problemas semelhantes, pois oferece mais liberdades e oportunidades – um argumento direto contra regimes autoritários frequentemente associados a críticas anti-capitalistas.
3. Esclarece que niilismo é a ausência de sentido objetivo, valores universais ou propósito, e que nem o cristianismo (anti-niilista, com valores divinos e transcendência) nem o marxismo (com leis históricas e finalidade igualitária) se encaixam nisso.
Isso desmonta a premissa original, defendendo que o capitalismo não impõe niilismo, mas promove valores como liberdade sem dogmas.
4. Como o marxismo é ateu e materialista, enquanto o cristianismo é religioso e espiritual, William critica a conexão questionável que os iguala como "niilistas".
O capitalismo, por outro lado, respeita a laicidade do Estado, liberdade de crença e descrença, evitando esses conflitos ideológicos.
5. Classifica o texto original como "bonito que entorpece a razão", poético mas enviesado para demonizar o capitalismo e enaltecer o marxismo.
Argumenta por uma análise técnica e holística, destacando que o capitalismo não é o "malvadão", mas um sistema que equilibra ambições sem impor utopias falhas.
6. Reconhece que o mundo não suporta consumismo ilimitado, com poluição desproporcional ao crescimento da riqueza e disparidades sociais "feias".
No entanto, prioriza que isso exige regulação democrática, não a derrubada do sistema, contrastando com visões marxistas que ignoram falhas em autocracias.
7. Contra a ideia de que o topo bloqueia ascensão, você vê isso como parte de um "bate-boca geral" ideológico.
Defende o capitalismo como promotor de mobilidade via liberdades (expressão, crença), superior a sistemas que prometem igualdade mas geram autoritarismo e estagnação.
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