quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Validação e Conteúdo

 


Igor: Gente, antes de comentarmos no post de outras pessoas, precisamos analisar bem se conseguimos entender o que foi escrito pra não sair digitando besteira. 
  Vamos tentar aumentar esses 8% da população brasileira que consegue ler e interpretar qualquer tipo de texto. 
  Obrigado!


William: Prefiro escrever o que entendi.
  Se a pessoa quis dizer outra coisa, basta me explicar.
  É o que faço nas minhas postagens.

Igor: Se você fizer isso com respeito, tudo bem.
   O problema é quando as pessoas xingam, ironizam e menosprezam o post do coleguinha, mesmo sem ter entendido nada do que foi escrito. 🧒🏻


William: Se o coleguinha for tão sensível a ponto de se abalar com isso ... é melhor evitar redes sociais e até reuniões sociais.
  Temos mais poder sobre nós mesmos que sobre o mundo a nossa volta.


Igor: Eu queria apontar a falta de conteúdo da maioria. 
  E o pior é que muitos nem entendem o que discutem.   
  Aqui (Threads) foi onde encontrei mais pessoas com conteúdo relevante, fora a turma da política chata.


William: Esse papo de "conteúdo" é relativo.
  Suponhamos que você adore motocicletas.
  Esse vai ser um bom conteúdo "pra você".
  O que você acha que é bom conteúdo, faça sua postagem ou compartilhe a de outro.
  Garanto que muitos não vão se interessar por sua postagem, "pra eles" não terá conteúdo.

  Eu gosto de Filosofia, a aplico em temas atuais, colocando na balança tudo que aconteceu de 1900 até os dias de hoje.
  Outros pensadores (principalmente acadêmicos) parecem ter fixação por filósofos nascidos antes de 1900.

 


 "É melhor ser infeliz e saber o pior, do que ser feliz no paraíso dos tolos."  


 Fiódor Dostoiévski, filho de Mikhail Dostoiévski e Maria Dostoiévskaia, nasceu em Moscou no dia 11 de novembro de 1821.

   Ao contrário de outros grandes escritores russos da época — como Gogol, Turgueniev e Tolstoi —, seus pais não eram abastados financeiramente: seu pai era médico militar e sua mãe, dona de casa — na época, a profissão de médico era pouco valorizada financeiramente.

   Mesmo com dificuldades financeiras, a família possuía seis serviçais, os quais, segundo o irmão de Dostoiévski, Andrei, serviam para manter o status social perdido da família, tendo em vista que o pai de Dostoiévski possuía um passado nobre, passado que abandonou por vontade própria.

  Além da educação religiosa no cristianismo ortodoxo, Dostoiévski e seus irmãos estudavam literatura e outros estudos de humanidades desde muito cedo, sempre por influência dos pais.

  Os pais de Dostoiévski morreram quando o escritor ainda era muito jovem: a mãe morreu no ano de 1836 e há suspeitas de que o pai tenha sido assassinado no início de junho de 1839 pelos seus próprios servos, da sua propriedade rural em Daravói.

  A tese de assassinato hoje é muito questionada.

 

  Wikipédia



  

  Vejam que Fiódor Dostoiévski (só um exemplo entre tantos) viveu uma realidade bem especifica.
  Faleceu em 1881.
  Não viu a aplicação das teorias de Adam Smith ou Karl Marx.
  Não viu a "febre" da psicologia.
  Não viu as duas grandes guerras e suas causas.
  Não viu todo o grande avanço cientifico tecnológico a partir de 1900.

  Mas eu, William Robson (ou qualquer outro cidadão que goste de ler), que tenho mais conhecimento que qualquer um desses pensadores "clássicos", tenho que obrigatoriamente buscar alguma "validação", citando algum pensamento deles!!!
  De preferência decorar suas biografias.
  E me prender as mesmas deduções que viraram "senso comum" no meio acadêmico.

  Se não escrever exatamente o que o "meio acadêmico" decidiu que posso escrever ... eu não tenho "conteúdo" ...




✧✧✧

11 comentários:

  1. Sua abordagem desconsidera a importância da fundamentação teórica e da citação de fontes como práticas essenciais à produção filosófica e acadêmica de qualidade.

    Você ignora que tanto o conteúdo quanto sua validação não podem ser reduzidos à esfera da opinião pessoal. A epistemologia contemporânea reconhece que, embora a verdade não seja absoluta, a construção do conhecimento exige critérios de argumentação, consistência interna, e diálogo com a tradição intelectual. Ignorar isso equivale a abrir mão da própria possibilidade de debate racional e crítico.

    É legítimo questionar o cânone filosófico, como é feito na filosofia decolonial ou no feminismo crítico, mas isso exige um embasamento que situe o argumento dentro de uma tradição de crítica, e não apenas como uma opinião lançada ao acaso. A ausência de referências que corroborem ou tencionem suas afirmações fragiliza a argumentação.

    O texto parece confundir abertura à pluralidade de perspectivas com uma espécie de relativismo que abdica do rigor analítico. A boa filosofia não é aquela que apenas expressa sentimentos ou preferências individuais, mas sim a que articula conceitos com clareza, sustenta suas posições com argumentos consistentes e dialoga criticamente com a tradição, inclusive para superá-la.

    Se a proposta é pensar novas formas de validação do conhecimento e ampliar os critérios do que conta como conteúdo relevante, isso precisa ser feito com seriedade metodológica. Sem isso, corremos o risco de transformar a filosofia em mera expressão opinativa, esvaziada de sua potência crítica e transformadora.

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    1. Janos:__ “Você ignora que tanto o conteúdo quanto sua validação não podem ser reduzidos à esfera da opinião pessoal.”
      :::::::::
      William:___ E não foi.
      No texto tem várias informações (inclusive com datas) que podem ser conferidas em diversas fontes.
      Se tem alguma dedução lógica que discorda, basta apontar e podemos analisar.
      *
      *

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    2. Com prazer. Para começar, você parece desconhecer por completo o processo de formulação de uma pesquisa séria e logicamente fundamentada. Não basta citar informações dispersas, é preciso que elas tenham relevância para sustentar suas afirmações, e isso não acontece aqui. Você parece não saber o que é uma dedução lógica. Vamos lá:

      Você apresenta apenas duas opções: ou se cita pensadores clássicos e se submete ao "meio acadêmico", ou se rejeita completamente essa tradição. Ignora a possibilidade de diálogo construtivo entre conhecimento clássico e contemporâneo. Isso é uma falácia de bifurcação.

      Você argumenta que Dostoiévski é menos relevante por não ter vivenciado eventos posteriores a 1881. Isso ignora que as ideias transcendem contextos históricos específicos. Pensadores clássicos frequentemente anteciparam questões contemporâneas. A experiência histórica não é o único critério de validade intelectual. Isso é uma falácia cronológica.

      Você desqualifica pensadores acadêmicos por terem "fixação" por filósofos pré-1900, atacando suas preferências em vez de seus argumentos. Isso é um argumentum ad hominem indireto.

      Você afirma ter "mais conhecimento que qualquer um desses pensadores clássicos" baseando-se apenas no acesso a informações posteriores, ignorando profundidade, originalidade e capacidade analítica. É uma generalização excessiva.

      Você caricatura o meio acadêmico como autoritário e dogmático, quando na realidade a academia valoriza inovação fundamentada e debate crítico. É uma falácia do espantalho.

      Você usa uma frase de Dostoiévski para validar seu texto, contradizendo sua crítica ao uso de citações de pensadores clássicos. É uma contradição direta.

      Seu texto mirou da defesa do pensamento independente, mas os erros lógicos enfraquecem significativamente a argumentação e caem numa negação simples do estudo acadêmico.

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    3. “Para começar, você parece desconhecer por completo o processo de formulação de uma pesquisa séria e logicamente fundamentada.”
      :::::::::::::
      É essa a proposta do Blog?
      O que está escrito lá em cima?
      .
      “Comentários sobre Noticias”
      .
      Eu ampliei para comentar sobre comentários que recebi.
      Mas em nenhum momento me proponho a “pesquisa acadêmica”.

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  2. “Você apresenta apenas duas opções: ou se cita pensadores clássicos e se submete ao "meio acadêmico", ou se rejeita completamente essa tradição.
    Ignora a possibilidade de diálogo construtivo entre conhecimento clássico e contemporâneo.
    Isso é uma falácia de bifurcação.”
    ::::::
    As opções são ilimitadas, qualquer um pode opinar e argumentar como quiser. É o que você esta fazendo.

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  3. “Você argumenta que Dostoiévski é menos relevante por não ter vivenciado eventos posteriores a 1881. Isso ignora que as ideias transcendem contextos históricos específicos.”
    :::::::::::::
    Procurei esse termo “menos relevante” e não encontrei.
    O destaque da meditação é para o fato que o tempo passou e temos maior conhecimento empírico de certas questões.
    É um texto, se eu encher de detalhes, fica muito grande.

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  4. “Você desqualifica pensadores acadêmicos por terem "fixação" por filósofos pré-1900, atacando suas preferências em vez de seus argumentos. Isso é um argumentum ad hominem indireto.”
    :::::::::
    Se fazer ponderações virou sinônimo de “desqualificar” então você está me desqualificando?😉

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  5. “Você afirma ter "mais conhecimento que qualquer um desses pensadores clássicos" baseando-se apenas no acesso a informações posteriores,”
    ::::::::
    No geral, qualquer aluno que terminou o ensino fundamental (bem estudado) tem.
    Conhecimento é uma coisa, capacidade filosófica é outra.

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  6. “Seu texto mirou da defesa do pensamento independente, mas os erros lógicos”
    ::::::::::
    Não sei onde você viu erro lógico.
    Veja o caso de você ter mais conhecimento (geral) do que alguém que morreu antes de 1850.
    Para você ter uma ideia nem o capitalismo tinha sido implementado, mas boa noite, já passei da minha hora ...

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  7. Vou responder todos os comentários de uma vez:

    Ah, pelo menos admite que só escreve bobagens, é um bom começo. Mas eu não falei que não é acadêmico. Falei que não sério nem tem fundamentação lógica. E parece que, sim, o título do blog dá a entender que é sobre filosofia, mas de filosofia não tem nada. Filosofia exige estruturação lógica dos argumentos.

    Se admite que os clássicos tem mais capacidade filosófica que você, então não citá-los faz de você o que? Um mau filósofo, no mínimo.

    Não é uma opinião, o fato de que sua escrita é falaciosa é verificável.

    E o que te fez achar que eu estava dizendo que você usou o termo "menos relevante", querido? Provavelmente a falta de interpretação de texto. Você cita que sabemos mais que um autor sobre um tema específico como justificativa para o argumento de que não faz sentido citar nenhum autor sobre nenhum tema, como se o conhecimento dos clássicos fosse inútil hoje. Isso é uma falácia de falsa generalização.

    Parte-se do fato de que superamos certos conhecimentos específicos de autores clássicos (por exemplo, Aristóteles sobre biologia), e conclui-se que nenhum conhecimento clássico é útil hoje, o que não se sustenta.

    Sim, estou te desqualificando com evidências, e você desqualifica o uso de citações sem nenhuma evidência. Seu discurso é obviamente falacioso e você não demonstra a mínima capacidade de fazer filosofia.

    Do fato de que temos mais conhecimento não se conclui que não precisamos de referências ou citações no trabalho filosófico.
    É irônico porque seus posts não apresentam conhecimento básico sobre capitalismo e comunismo. A imagem que postou no Threads é um exemplo nítido de falácia. O fato de que houve repressão na URSS não contradiz de modo nenhum a afirmação de que o "nazismo é de direita". Na verdade o consenso da área de pesquisa sobre fascismo é que o fascismo é de extrema-direita, não exatamente de direita, mas certamente mais próximo da direita do que da esquerda.

    A direita é composta de várias vertentes, e não só de defensores do liberalismo econômico. Há também defensores do corporativismo, que é exatamente o que o nazismo aplicou: preservou a propriedade privada mas sujeitou a economia aos interesses nacionais: a expansão do território. Sabe quem mais faz isso? Os EUA.

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