Ale: O que ninguém te conta:
A MP 1303/2025 prejudica a classe média em vários aspectos, especialmente os que investem suas economias em produtos financeiros que antes tinham alguma vantagem fiscal.
Vamos destrinchar sem floreio:
1. Aumento da carga tributária indireta
A classe média é a faixa que mais investe em aplicações como CDB, Tesouro Direto, fundos, LCI/LCA e, mais recentemente, criptomoedas.
Com a MP 1303, esses produtos passam a ter alíquotas padronizadas mais altas (17,5%) — o que significa menor rendimento líquido.
Ou seja, quem guardava dinheiro pra longo prazo, pensando em aposentadoria ou reserva financeira, vai ver o ganho real diminuir.
2. Fim de isenções em produtos antes acessíveis
LCI, LCA, CRI e CRA eram investimentos isentos de Imposto de Renda.
Eram o refúgio da classe média que não tinha acesso aos grandes fundos exclusivos.
A MP 1303 revoga ou reduz essas isenções, o que tira o principal benefício de quem usava esses produtos pra fugir da alta tributação.
Resultado:
Ricos continuam diversificando em fundos internacionais, imóveis e offshores.
Classe média paga mais e tem menos opções seguras e vantajosas no mercado
3. Criptoativos sob nova tributação
Quem usava criptomoedas como alternativa de proteção patrimonial ou forma de investimento autônomo agora terá que declarar e pagar IR sobre cada ganho, com controle mais rigoroso.
A “auto custódia” é mantida (bom), mas o ônus fiscal aumenta.
Isso atinge sobretudo o investidor de classe média que buscava liberdade financeira fora do sistema bancário tradicional.
4. Impacto indireto na inflação e no crédito
Com a MP, o governo tenta aumentar arrecadação sem cortar gastos.
Na prática, isso reduz a renda disponível e o consumo da classe média — o que pode desacelerar o mercado interno e encarecer o crédito, já que o custo do dinheiro sobe.


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