terça-feira, 11 de abril de 2017

Gravidez e Emprego

  Imagine que você mulher é dona de uma floricultura.
  Os negócios estão indo bem a empresa tem 4 funcionários, está precisando de mais um.

  Você fez uma seleção, está em dúvida sobre duas finalistas.
  Uma é casada e não pretende ter mais filhos.
  A outra também é casada e diz que está tentando engravidar.

  Diante desse detalhe por qual optaria? ​​

  Se for pela que está tentando engravidar ... você coloca sua empresa para correr riscos desnecessários, espero que tenha sorte porque competência administrativa lhe falta.

  Nenhuma gravidez é totalmente tranquila.
  A possibilidade de muitos atestados médicos não deve ser descartada.
  Assim que a barriga começar a crescer você tem que reservar a grávida os serviços mais leves possíveis.

  Você não decide quando a grávida vai se licenciar.
  Não sei se a legislação mudou, mas a partir do sétimo mês ela pode sair quando quiser.
  Entretanto, quanto antes ela sai, antes tem que voltar depois que nascer o bebê.
  Então as grávidas ficam o máximo possível [a não ser que consigam um licença médica e somem isso a licença maternidade.]
  Se bobear a bolsa estoura e você tem que socorrer.

  Se apesar de tudo a funcionária for eficiente você teve sorte.
  Mas sabe como é ... funcionário você só sabe se é bom depois de contratado, quando conhece na prática seu caráter e capacidade de trabalho.

  Se Depois de 2 meses chegar à conclusão que contratou uma mosca morta ... se ela estiver grávida não pode demiti-la.
  Essa estabilidade só acaba depois da licença maternidade.
  E sim, todo esse tempo de serviço conta a título de indenizações e direitos na hora da demissão.

  “A legislação garante a estabilidade da empregada gestante a partir da confirmação da gravidez, inclusive no caso do contrato de experiência ou determinado.
  Determina ainda que o período de licença-maternidade da empregada gestante é de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.”


  Sem hipocrisia a gravidez é um perrengue danado para qualquer empresa.
  Para o pequeno e médio empresário é ainda maior.

  Não estou falando que temos que acabar com esse direito, apenas o estou despindo da hipocrisia que a gravidez da funcionaria é uma “benção” para empresa.

  Todos sabemos que a funcionária mais cedo ou mais tarde irá engravidar.
  Mas uma coisa é a gravidez daquela funcionaria que já trabalha alguns anos na empresa prestando bons serviços.
  Inevitavelmente há uma relação de amizade, os colegas ficam felizes por esse momento, querem ajudar no que for preciso.
  A empresa, apesar do transtorno, sabe que tem uma boa funcionaria que logo voltará com a eficiência costumeira.

  Vejam que nesse texto não há nenhuma aberração filosófica são deduções simples que qualquer um é capaz de fazer ... se não for hipócrita.

  Duvido que você “empresária” vai contratar uma moça que diz estar tentando engravidar.

  Duvido que você moça diante de uma “entrevistadora” de emprego vai dizer que está tentando engravidar.

  Porque o empresário ou o entrevistador tem o dever “moral/social” de ser mais “iluminado” que qualquer mulher!?

  Logo, não entendo por que tanto estardalhaço sobre essa questão:

  Bolsonaro fala sobre empregabilidade de grávidas.

  Quem me explica? 



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“Direitos” não é uma palavra encantada que faz benefícios surgirem do nada como mágica.
  Não existe almoço grátis.”

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